segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Crítica: Sem dor, Sem ganho

"Eu sou Forte, eu sou Grande, eu sou Gostoso"


Transformers, Bad Boys, Eu sou o Número 4. O que vem a sua cabeça quando ouve o nome desses filmes? Isso mesmo: Michael Bay e Explosões! Mas não se engane, nem só de bombas, máquinas gigantes e efeitos especiais vive Michael Bay.
Antes da estrear o quarto filme da franquia Transformers ele resolveu filmar um projeto seu que a muito estava engavetado, baseado em uma reportagem que leu no Miami New Times sobre um grupo de marombeiros que resolve subir na vida, de uma forma pouco "honesta", digamos assim.
Após ir a uma palestra de auto-ajuda, o personal trainer Danny Lugo (Mark Wahlberg) resolve ir em busca do sonho americano, e para isso planeja sequestrar e passar para seu nome toda a fortuna de um de seus alunos, Victor Kershaw (Tony Shalhoub), um judeu meio colombiano que despreza os pobres.

Para lhe ajudar ele chama dois de seus amigos de academia, Adrian Doorbal (Anthony Mackie) um viciado em malhar que está com problemas eréteis pelo uso de esteróides e Paul Doyle (The Rock) um ex-presidiário com senso de moral cristão.
O filme começa bem, a apresentação dos personagens é divertida e descontraída, e The Rock rouba a cena além de conseguir fazer Wahlberg parecer pelo menos um pouco engraçado. Mas após o sequestro tudo vai por água abaixo e o que todos imaginavam se consuma: Eles malharam demais o corpo e esqueceram de malhar o cérebro.
O filme se torna uma mancada atrás da outra, outros personagens são introduzidos e aos poucos o filme vai perdendo força. Nos é apresentado o investigador Ed du boys III (ED Harris) um cinquentão linha dura contratado para pegar a gangue.

O filme, nos lembrando frequentemente que é baseado em histórias reais vai se desenrolando para um final quase previsível, mas que não compromete o longa. A trilha sonora é calma, por vezes até demais, o que deixa o filme sem a emoção devida em alguns momentos.
Fazendo um balanço o filme se sai bem. Com um orçamento de 20 Milhões, bem menos do que está acostumado, Bay consegue deixar sua marca e provar que tem várias cartas na manga. 
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John Miler é gaúcho, estudante de Comércio Exterior, aspirante a escritor/roteirista e um amante do cinema. Fundou o Cinema & Cafeína em junho de 2013 para dividir essa paixão com o mundo.

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